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Segundo pesquisa da ABIMO, desempenho do setor cresceu 36% e ficou fechou em R$ 17,9 bilhões apenas em 2021
Preço, qualidade e eficácia. Esses são alguns pilares fundamentais para que qualquer produto receba destaque no mercado. No setor da saúde, não é diferente. Aliás, a pandemia nos ensinou esta lição e, muito além disso, aprendemos que a não dar atenção apenas aos profissionais que atuam na linha de frente, mas também aos equipamentos que tanto colaboram para nos manter vivos.
Este mercado é bastante promissor. Prova disto é que essa indústria já vinha num ritmo crescente até 2019 e essa boa sequência continuou em crescimento quando a Covid-19 parou o mundo e os outros setores. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), o desempenho industrial como um todo, no Brasil, ficou em R$ 17,9 bilhões, em 2021, representando uma alta de 36% na comparação com os R$ 13,2 bilhões registrados em 2020 e incremento de R$ 4,7 bilhões em valores nominais.
Empresário destaque neste segmento, Marco Aurélio Marques Felix, presidente da Cmos Drake, contextualiza o cenário. Para o líder, este é um mercado em ascensão e a pandemia de fato colaborou muito para o destaque que observamos hoje.
“Antes da pandemia, poucas pessoas sabiam o que é um respirador, por exemplo. Depois de todo aquele cenário assustador que vivemos, as pessoas sabem o que é o aparelho e o quanto ele é importante. Citei o exemplo do respirador, mas esse contexto se aplica a muitos outros equipamentos médicos e de emergência. Até mesmo quando falamos sobre o Desfibrilador Externo Automático, o DEA, dispositivo em que a Cmos Drake foi pioneira e item que se faz necessário em qualquer ambiente devido ao risco de infarto. Como as mortes por essa causa também aumentaram no período, o mundo também passou também a reconhecer mais a importância de itens como esse”, explica o executivo.
E nesse cenário, enquanto o Brasil cresce, o restante do mundo fecha no vermelho. O mesmo relatório da ABIMO mostrou que em 2021, o comércio internacional registrou déficit de US$ 4,1 bilhões na balança comercial. Até as vendas do mercado externo ficaram aquém, com pequeno decréscimo de 1,6% no mesmo período. Neste sentido, Marco enxerga boas projeções para o setor no Brasil.
“O que posso confirmar é que o Brasil é um país com grande potencial para a produção de equipamentos médicos hospitalares e o mundo já sabe disso. Aliás, somos altamente demandados e já figuramos entre as referências no setor. Um exemplo foi em 2019. Um relatório da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) revelou que o Brasil alcançou US$ 621 milhões em exportação de equipamentos. Ficamos acima dos EUA, que em 2018, foram US$ 161,8 milhões. É muito positivo visualizar dados como esses que reforçam o potencial que a indústria brasileira de equipamentos médicos tem enquanto potência”, finaliza o presidente da Cmos Drake.
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