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Empresas alinhadas ao propósito de profissionais, ganham em retenção e produtividade, mostra pesquisa

  

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Estudo mostra que 78% dos líderes no Brasil mudaram de empresa ou carreira por não alinhar seu propósito


Hoje, um salário no fim do mês para pagar as contas não é o principal objetivo de muitos profissionais pelo país. Muitos deles estão buscando um propósito, seja de vida pessoal ou profissional nas organizações. É o que mostra uma pesquisa da Selpe Gente & Gestão em parceria com o instituto Expertise.

Cerca de 78% dos entrevistados afirmaram ter mudado de carreira ou de empresa por não conseguir alinhar seu propósito com a organização. Detalhadamente, 31% dos líderes já mudaram de empresa, 30% mudaram de cargo ou área dentro da companhia em que trabalhavam, um pouco mais ousados, 17% mudaram de carreira ou profissão e 12% alegaram que já sofreram impacto, mas não geraram nenhuma mudança na carreira.

A psicologia positiva é fator importante, pois é um movimento que traz uma abordagem mais focada na felicidade humana e menos nas doenças mentais, que é uma engrenagem para realizar o conceito de propósito, como salienta Iara Vianna, Gerente de Dados da Selpe Gente & Gestão: "Propósito é o sentido que damos e a intenção que colocamos nos nossos objetivos, decisões e ações, com a finalidade de gerar impacto em nós mesmos e nos ambientes onde estamos”, afirma.

Outro fator importante é conhecer a si mesmo e seus liderados. O estudo mostra que ainda há muito a se trabalhar em relação à conexão de líderes, empresas e liderados. Os líderes mostraram que em sua maioria se conhecem e estão alinhados, mas a estatística é menor quando se vê que eles conhecem pouco os propósitos da empresa e de seus subordinados.

Para a pesquisa foi criado um método exclusivo de avaliação que consiste no INP (Indicador Nacional de Propósito) onde foram colocadas 3 dimensões aos líderes entrevistados: Eu e eu mesmo, Eu e meu time, Eu e a organização. Em uma média de 0 a 10, onde quanto mais próximo de 0, significa menor alinhamento entre líder e liderado, a média geral foi de 7,42. Esse resultado mostra que ainda há oportunidades de melhoria nesse quesito. “Empresas que gerenciam seus talentos em desacordo com seus propósitos estão mais propensas a falhar em suas estratégias”, complementa Júlio Souza, estrategista de pesquisas na Expertise.

Considerando o perfil das lideranças entrevistadas, mostra um cenário onde homens estão em quantidade um pouco maior que as mulheres. Cerca de 52%, enquanto elas são 48%. Na faixa etária, 38% são de idades entre 30 a 39 anos, 28%  entre 40 a 49 anos. 50 a 54 anos com 11%, assim como os líderes com 55 anos ou mais. Entre os mais jovens, 25 a 29 anos são 7% e com até 25 anos, 5%.

A pesquisa ouviu 252 líderes de empresas com mais de 100 funcionários de todo o Brasil, nos setores de comércio, serviços e indústria. O principal critério era que todos os entrevistados estivessem atuando em cargos de liderança, como diretoria, Heads, business (BP), gerência, coordenação ou supervisão.

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